6 de novembro de 2008
Se chegar até lá...
A minha Avo … Com os seus dignos 82 anos e sempre com aquele brilho nos olhos lá diz a sua ladainha… E é aqui que eu começo com aquelas interrogações que tantas vezes me percorrem a alma: não deveria eu, com apenas 16 anos, ter muito mais medo da morte? Ora vejamos:
Avó: namorou, estudou, fez amigos, casou, teve filhos, emigrou, passou por dificuldades mas ultrapasso.as sempre, tem netos que a veneram, viaja, faz o melhor arroz e a melhor aletria do mundo, não depende (e ainda bem!) da reforma que o nosso estado tem a "bondade" de dar, tem um jardim que lhe ocupa todo o tempo (e mói a paciência!) …
Eu: namorei, estudo, fiz amigos… e o resto?
São tantas as coisas que me faltam ainda por cumprir! Tantos objectivos para alcançar, sonhos para realizar!
É por isso que não percebo a necessidade que a minha estimada Avó tem de salientar que pode não chegar ao dia x. Eu também não sei o que me espera, mas não é por isso que vou deixar de experimentar, de sentir, de viver! Chega de perder tempo com lamurias, vamos é agradecer estar vivos!
PS: “Prazer em ver.te!
Obrigada!”
Obrigada?! Não havia nada mais estúpido para dizer?! Mas também, que deveria ter dito? Um “eu sei!” é bastante mais cómico, mas ainda mais desapropriado!
*&
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5 comentários:
Oh, tão típico! Essa cena do "Se ainda la chegar" ou " Se chegar até lá" torna-se universal. O meu bisavô tem 95 anos. É o homem que vem da Baixa de Lisboa até Benfica a pé, descontraidamente, e ainda anda em comboios à pendura; é o homem que vem de Tomar e chega a Lisboa com muitos kg de batatas e outros mimos enfiados em sacos de pano para nós, família, é o homem que está mais vivo que muito boa gente, mas continua a dizer que " se calhar não lá chega"! Pois bem, mais vale não ligarmos, não darmos importância a isso. Eles gostam de dizê-lo, acredito piamente que têem mesmo essa necissidade. E pronto, nós ouvimos e tá feito! Quando me diz isso, respondo-lhe sempre um " Ai chega chega, Sr. Sabino, chega pois". Sempre sorridente. E ele sorri-me de volta. É tudo muito simples. Se lhes dermos importância quando nos dizem da doença A, B ou C, então aí é que vão desta para melhor, e com a mente infernizada! Temos de lembra-los que estão vivos. Temos de fazê-lo sempre...
Beijinhos e obrigada pelos teus comentários :)*
Chegas! ;)
E acho que tens muita razão naquilo que escreveste. ;)
Beijinho**
Olá!
Fiquei curiosa, pra ver quem seguia meu blog e encontrei um texto que me fez lembrar meus 16 anos. Sabe de uma coisa? O tempo voa. Ainda ontem me fazia essas mesmas perguntas. Mas olha, nada disso importa. Pq mesmo que minha vida acabasse amanhã, teria valido a pena, pq cada dia é único. O que importa realmente é aquilo que vivemos e não o que deixamos de fazer.
Virei mais vezes, pois adorei tua "casa".
Beijinhos
Caroline
sabee axo q naum é a idade q faz vc ter mais ou menos medo da morte, e sim da sua formação espiritual neh :) hehe
bejoo
Sei lá cara, o mundo é tão inconstante.
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